Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

quarta-feira, 11 de maio de 2016

A LÓGICA DO ABRAÇO

A catequese do Papa Francisco na audiência da manhã de hoje foi sobre a parábola do Pai Misericordioso:

- até na pior das situações Deus me aguarda, Deus quer abraçar-me
   
   
Prosseguindo o ciclo de reflexões sobre o tema do Jubileu relido à luz dos episódios evangélicos, o Santo Padre falou sobre o trecho de Lucas (15, 11-32).

«até na pior das situações Deus me aguarda, Deus quer abraçar-me».

O Papa centrou a sua catequese precisamente sobre esta «lógica» do abraço divino que inverte as perspectivas humanas, frisando que nesta óptica não pode existir «um pai que, por exemplo, diga ao filho: “Vais pagar”»; pelo contrário, Deus é como o pai da parábola que «subia continuamente ao terraço para perscrutar o horizonte a ver se o filho voltava. Que coisa linda a ternura do pai!».

Todas as vezes que o Papa Francisco fala da parábola do Pai Misericordioso (Filho pródigo), é nas pessoas verdadeiras, em carne e osso, que ele pensa:

«Penso nas mães e nos pais apreensivos quando vêem os filhos afastarem-se por estradas perigosas.
Penso nos párocos e nos catequistas que, às vezes, se perguntam se o seu trabalho foi em vão.
Mas penso também em que se encontra na prisão e pensa que sua vida acabou; aos que fizeram escolhas erradas e não conseguem olhar para o futuro; a todos aqueles que têm fome de misericórdia e de perdão e acreditam não merecê-la… Em qualquer situação da vida, não devo esquecer que jamais deixarei de ser filho de Deus, de um Pai que me ama e aguarda o meu regresso.»

A parábola ensina-nos que, disse o Papa,

«a alegria maior do Pai é ver os seus filhos reconhecerem-se como irmãos.»

O filho mais novo pensa que merece um castigo por causa dos próprios pecados, já o filho mais velho esperava uma recompensa pelos seus serviços.
Esta lógica é subvertida pelas palavras do pai: é preciso fazer festa porque teu irmão voltou.

«Os filhos podem decidir unirem-se à alegria do pai ou rejeitá-la.
E a parábola termina deixando o final suspenso: não sabemos o que o filho mais velho decidiu.
E este é um estímulo para nós.
Este Evangelho ensina-nos que todos necessitamos entrar na casa do Pai e participar da sua alegria, da festa da misericórdia e da fraternidade.
Abramos o nosso coração, para sermos “misericordiosos como o Pai!"»


Fontes: Santa Sé; Rádio Vaticano; L'Osservatore Romano


Sem comentários:

Enviar um comentário