Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

sexta-feira, 20 de maio de 2016

EXPLORAR TRABALHADORES PARA ENRIQUECER É PECADO MORTAL




Na Missa de ontem em Santa Marta o Papa Francisco afirmou que explorar os trabalhadores para enriquecer é ser como sanguessugas e isso é um pecado mortal
   
   
O Santo Padre comentou a primeira leitura da liturgia do dia, extraída da carta de S. Tiago (Tiago 5, 1-6), e afirmou que “não se pode servir Deus e as riquezas”.
Estas, as riquezas – continuou o Papa Francisco – são boas em si mesmas, mas erram aqueles que seguem a “teologia da prosperidade”.

O Papa recordou o que diz S. Tiago:

Olhai que o salário que não pagastes aos trabalhadores que ceifaram os vossos campos está a clamar; e os clamores dos ceifeiros chegaram aos ouvidos do Senhor do universo!”

Francisco recordou a precariedade dos vínculos laborais e, em particular, citou o que lhe disse uma jovem que encontrou um emprego de 11 horas diárias por 650 euros na informalidade.
E disseram-lhe que se queria podia ficar com o trabalho senão há mais quem queira: “há uma fila atrás de si”.

A exploração das pessoas hoje é uma verdadeira escravidão – denunciou o Papa: “Viver do sangue das pessoas. Isto é pecado mortal. É pecado mortal.”

No final da sua homilia o Papa Francisco propôs uma reflexão sobre a exploração das pessoas no mundo do trabalho que chega mesmo à escravidão:

Pensemos neste drama de hoje: a exploração das pessoas, o sangue das pessoas que se tornam escravas, os traficantes de seres humanos e não somente aqueles que traficam prostitutas e crianças para o trabalho infantil, mas aquele tráfico mais ‘civilizado’: Eu pago-te mas sem direito a férias e assistência médica, tudo clandestino.
Porém, eu torno-me rico!
Que o Senhor nos faça entender aquela simplicidade que Jesus nos diz no Evangelho de hoje: É mais importante um copo de água em nome de Cristo que todas as riquezas acumuladas com a exploração das pessoas.”


Fonte: Rádio Vaticano


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