Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

domingo, 9 de julho de 2017

PLANO DIOCESANO DE PASTORAL PARA O ANO 2017-2018



«Movidos pelo amor de Deus»

é o tema do próximo Plano Diocesano de Pastoral apresentado na passada Sexta-feira
   
   
Integrado na planificação diocesana para o quinquénio 2015-2020, foi apresentado na passada Sexta-feira dia 7, na Casa Diocesana de Vilar, o Plano Diocesano de Pastoral para o ano 2017-2018.

O Plano dedica atenção particular a:

- XV Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, a realizar em Outubro de 2018, sobre o tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”;

- IX Encontro Mundial das Famílias, a realizar-se em Dublin, Irlanda, de 22 a 26 de Agosto de 2018;

- Carta Apostólica Misericordia et Misera aparece-nos com o propósito de não «encerrar» mas sim de continuar o Ano Extraordinário da Misericórdia, de nos fazer “olhar para diante e compreender como se pode continuar, com fidelidade, alegria e entusiasmo, a experimentar a riqueza da misericórdia divina”.
Sendo destacadas três propostas:

. Um domingo dedicado à Palavra de Deus;
. O cuidado pastoral por ocasião da morte;
. O Dia Mundial dos Pobres.

Viver da caridade, viver a caridade, viver em caridade, são objectivos do Plano Pastoral.

Sensibilizar, educar e formar todos os seus membros para a vivência e o testemunho da caridade - a primeira preocupação de cada comunidade.


Apresentação do Plano Diocesano de Pastoral 2017-18 pelos nossos Bispos:

1. A reflexão de S. Paulo (2 Cor 5,14), que inspira este terceiro ano do Plano Pastoral, resume e marca quanto se amplia e sugere nas páginas seguintes.
A tradução latina do texto de Coríntios (Charitas enim Christi urget nos) pode ajudar a sublinhar ainda mais, não a precipitação, mas a indispensabilidade deste amor, num agora permanente.

Radicados em Deus, descobrimos o próximo; no encontro com o próximo abraçamos Deus (cf. Mt 25,31ss).
O Papa emérito Bento XVI, na Encíclica Deus é amor, diz-nos que “o amor ao próximo (…) consiste precisamente no facto de que eu amo, em Deus e com Deus, a pessoa que não me agrada ou que nem sequer conheço.
Isso só é possível a partir do encontro íntimo com Deus, um encontro que se tornou comunhão de vontade, chegando mesmo a tocar o sentimento” (DCE, 18).

E o próximo… está próximo e está longe: aí onde há um ser humano!
Em primeiro lugar e especialmente, nos pobres de toda e qualquer pobreza.
Os cristãos são chamados, em todo o lugar e circunstância, a ouvir o clamor dos pobres”, recorda-nos o Papa Francisco na Exortação Apostólica A alegria do Evangelho (EG, 191).

2. Percebe-se assim, com mais facilidade, que quando, por qualquer meio, damos as mãos para servir, não nos dispensamos, pessoalmente, do mandamento novo do amor (cf. Jo 13,34-35).
Seria, com efeito, como dispensarmo-nos do amor a Deus.
Dito de modo coloquial: tal como a esmola despersonalizada não é um ato de caridade, também a caridade organizada não paga a factura das minhas obrigações para com o próximo.

A caridade organizada ou, dito globalmente, as instituições sociocaritativas só conseguirão garantir a sua matriz cristã na justa medida em que tenham na base a assunção dos valores do Evangelho por parte dos seus actores.

3. O Plano Pastoral para o ano 2017/2018 convida-nos, com serena urgência, a um exame de consciência sobre toda esta realidade, que é muito mais que mera dimensão do seguimento de Jesus Cristo.
O que está em causa não são apenas coisas, gestos, instituições.
O que está em causa é a verdade da nossa condição de discípulos do Mestre.
Por isso, afirma com clareza o Papa Francisco, “o testemunho da caridade é o caminho real da evangelização” (Homilia na visita pastoral a Campobasso, 05.07.2014).

As orientações, as propostas, as perguntas são apenas facilitadores de exame: adaptado, matizado, vivido de acordo com cada situação concreta; de acordo com a especificidade de cada comunidade; de acordo com o inalienável respeito devido a cada pessoa nos mais variados contextos.

O Plano Pastoral para este ano, somado aos anos anteriores e aos seguintes, convida a ler a realidade e a responder às perguntas que se levantam.
O esforço conjunto de todos constrói e espelha a unidade da Igreja vivida no âmbito diocesano e na sua união à Igreja Universal.

Vamos iniciar, no Santuário de Fátima, em peregrinação diocesana, junto de Maria, a Mãe comovida com as dores e alegrias dos seus filhos e filhas, o 3.º ano do quinquénio do nosso Plano Diocesano de Pastoral 2015/2020.

Ali nos convidava o Papa Francisco, na homilia da Eucaristia de canonização dos pastorinhos Francisco e Jacinta Marto, a “descobrir novamente o rosto jovem e belo da Igreja, quando é missionária, acolhedora, livre, fiel, pobre de meios e rica em amor” (cf. Homilia, Fátima, 13.05.2017).

Dissemos e cantámos, uma e muitas vezes, ao longo do ano que termina: “Com Maria, renovai-vos nas fontes da alegria”.
É isso que queremos continuar a fazer: olhar para além das paredes do templo e, movidos pelo amor de Deus, renovar, com alegria e generosa amplidão, a nossa relação com o próximo.

Confiemos de novo e sempre esta amada Igreja do Porto a Maria, Mãe da Igreja, para que nos sintamos movidos pelo amor de Deus e façamos, com renovado vigor e alargado horizonte de amor aos irmãos, da alegria do Evangelho a nossa missão.

Porto, 29 de Junho, solenidade de S. Pedro e de S. Paulo, de 2017
António Francisco dos Santos, Bispo do Porto
António Bessa Taipa, Bispo Auxiliar do Porto
Pio Alves de Sousa, Bispo Auxiliar do Porto
António Augusto Azevedo, Bispo Auxiliar do Porto








Fonte: Diocese do Porto


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