Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

domingo, 29 de setembro de 2013

FAZ HOJE 3 ANOS QUE MORREU D. ARMINDO LOPES COELHO, BISPO DO PORTO DE 1997 A 2007


D. Armindo Lopes Coelho


Nasceu a 16 de Fevereiro de 1931 na freguesia de Santa Comba de Regilde, concelho de Felgueiras, diocese do Porto;

Faleceu a 29 de Setembro de 2010, aos 79 anos, em Ermesinde, na Casa da Mão Poderosa, da diocese do Porto.

sábado, 28 de setembro de 2013

Boletim Paroquial nº 68

Semana de 29 de Setembro a 6 de Outubro 2013
XXVI Domingo do Tempo Comum - ANO C


OS BENS DO MUNDO


 
A liturgia deste domingo propõe-nos, de novo, a reflexão sobre a nossa relação com os bens deste mundo…

Convida-nos a vê-los, não como algo que nos pertence de forma exclusiva, mas como dons que Deus colocou nas nossas mãos, para que os administremos e partilhemos, com gratuidade e amor.

Na primeira leitura, o profeta Amós denuncia violentamente uma classe dirigente ociosa, que vive no luxo à custa da exploração dos pobres e que não se preocupa minimamente com o sofrimento e a miséria dos humildes.

O profeta anuncia que Deus não vai pactuar com esta situação, pois este sistema de egoísmo e injustiça não tem nada a ver com o projecto que Deus sonhou para os homens e para o mundo.

O Evangelho apresenta-nos, através da parábola do rico e do pobre Lázaro, uma catequese sobre a posse dos bens…

Na perspectiva de Lucas, a riqueza é sempre um pecado, pois supõe a apropriação, em benefício próprio, de dons de Deus que se destinam a todos os homens…

Por isso, o rico é condenado e Lázaro recompensado.

A segunda leitura não apresenta uma relação directa com o tema deste domingo…

Traça o perfil do “homem de Deus”:

deve ser alguém que ama os irmãos, que é paciente, que é brando, que é justo e que transmite fielmente a proposta de Jesus.

Poderíamos, também, acrescentar que é alguém que não vive para si, mas que vive para partilhar tudo o que é e que tem com os irmãos?


Vaticano: PAPA DIZ QUE CONHECER JESUS IMPLICA ACEITAR «PROBLEMAS»
O Papa Francisco propõe aproximação à figura de Cristo através do estudo, da acção e da oração



Cidade do Vaticano, 26 set 2013 (Ecclesia) – O Papa disse hoje no Vaticano que só pode conhecer Jesus quem aceitar os “problemas” que daí derivam, propondo uma abordagem à figura de Cristo através do estudo, da acção e da oração.

Não se pode conhecer Jesus sem ter problemas e eu ousaria dizer: se queres ter um problema, vai pela estrada que leva a conhecer Jesus. Não um, terás muitos”, declarou Francisco, na homilia da missa a que presidiu na capela da Casa de Santa Marta.

Segundo o Papa, este conhecimento não se faz em “primeira classe” ou na “biblioteca”, mas implica “o caminhar quotidiano, de todos os dias”.

A homilia partiu de passagens dos evangelhos, nas quais algumas pessoas começam a manifestar “medo” de Jesus, por causa do “conflito político” com os romanos que poderia provocar.

Esta figura que provoca “tantos problemas” é dada a conhecer hoje em dia através do estudo da sua vida, mas para Francisco isso não é suficiente.

Sim, deve conhecer-se Jesus no Catecismo, mas não é suficiente conhecê-lo com a mente: é um passo, contudo, é necessário conhecer Jesus no diálogo com Ele, falando com Ele, na oração, de joelhos”, precisou.

O Papa somou ainda um “terceiro caminho” ao estudo e à oração, que passa pelo “seguimento” de Jesus, “caminhar com Ele”.

Queres conhecê-lo? Lê o que a Igreja te diz sobre Ele, fala com Ele na oração e caminha na sua estrada. Assim, tu conhecerás quem é este homem. Este é o caminho, cada um deve fazer a sua escolha”, concluiu.

Francisco deixou também uma mensagem aos seus mais de 9 milhões de seguidores na rede social Twitter: “O perdão de Deus é mais forte que todo pecado”.


Catequese: RECURSOS PEDAGÓGICOS SÃO INSUFICIENTES SEM MUDANÇA PESSOAL
Peregrinação internacional junta em Roma 1600 catequistas



Roma, 27 set 2013 (Ecclesia) – O Secretário do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização afirmou que para uma catequese eficaz não está em causa “novos recursos pedagógicos” mas uma mudança “duradoira e profunda de coração”.

Não são apenas as mudanças de catecismos ou a criação de novos recursos pedagógicos” mas a mudança mais duradoira e profunda que passa “por mudar o coração de todos de modo a que tenhamos um coração aberto a Deus”, afirmou o arcebispo Octavio Arenas esta quinta-feira, aos participantes do Congresso Internacional da Catequese (CIC) que decorre em Roma.

A catequese é um dos momentos “mais importantes da vida cristã” e os catequistas “são a força de toda e qualquer comunidade cristã”, no entanto, lembrou o responsável, “a evangelização nunca é um acto isolado”, não dependendo apenas dos catequistas mas “de toda a comunidade cristã a começar pelo bispo de cada diocese”.

D. Octavio Arenas pediu “centros de nova evangelização para que os leigos possam falar de Cristo de maneira profunda e coerente”.

O CIC junta em Roma 1600 catequistas, provenientes de cinco continentes, numa peregrinação por ocasião do Ano da Fé.

Portugal está representado com 32 pessoas provenientes de todas as dioceses.

 
 
AVISOS

HORÁRIOS DAS MISSAS
Terça-feira, dia 1 de Outubro, às 19:00
Sábado, dia 5 de Outubro, às 17:00
Domingo, dia 6 de Outubro, às 9:15

ATENDIMENTO
Na próxima Terça-feira das 17:00 às 18:30

SACRAMENTO DO CRISMA
Quem tiver 18 anos ou mais e pretender receber o Sacramento do Crisma, deverá fazer a sua inscrição no horário de atendimento.
A preparação começará em Janeiro do próximo ano e terminará em Julho do mesmo ano.
A inscrição será feita até final do presente ano civil.

CAMPANHAUM DE NÓS
Irá decorrer no dia 6 de Outubro, uma recolha de assinaturas para a Petição Europeia “Um de nós”, uma iniciativa apoiada pelo Papa Francisco e, em Portugal, pela Conferência Episcopal Portuguesa.
Pretende-se pedir à Comissão Europeia que não financie actividades que levem à destruição de bebés na sua fase de vida inicial ou vida embrionária.
Se reunirmos o número suficiente de assinaturas podemos impedir que sejam destruídos embriões, quer em processos experimentais quer em processos industriais, e parar os financiamentos europeus a programas que promovem hoje a prática do aborto dentro e fora da Europa.
Esta petição diz respeito a todos, por isso se chama Um de nós, e a todos recomendamos que a assinem.
Agradecemos que colaborem com as pessoas que se disponibilizaram para esta recolha de assinaturas.
A nossa Comunidade também está convidada a empenhar-se neste desafio, que é um desafio à Protecção da Vida



[Para Portugal foi estabelecido um número mínimo de 16 500 subscrições;
Hoje, às 23:30, Portugal tinha 5 525 assinaturas por via electrónica, o que representa apenas 33,48% do previsto;
Holanda, França, Itália, Polónia e Roménia já tinham atingido o objectivo.
No entanto, segundo a página UM DE NÓS, que incluirá a recolha em suporte de papel, a 13Set já tinham sido recolhidas 16 211 assinaturas em Portugal]

 

DISCURSO DO PAPA FRANCISCO AOS CATEQUISTAS – 27 de Setembro de 2013


Conforme transmitimos em directo na tarde da ontem, 27 de Setembro, o Papa Francisco encontrou-se, na Sala Paulo VI, com os participantes do Congresso Internacional de Catequese organizado no âmbito do Ano da Fé.


Deixamos para reflexão o texto do seu discurso, na Sala Paulo VI, Sexta-feira, 27 de Setembro de 2013:


Amados catequistas, boa tarde!

Gosto de que haja, no Ano da Fé, este encontro para vós: a catequese constitui uma coluna para a educação da fé, e são precisos bons catequistas!

Obrigado por este serviço à Igreja e na Igreja.

Embora possa às vezes ser difícil – trabalha-se tanto, empenha-se e não se vêem os resultados desejados –, mas educar na fé é maravilhoso!
É talvez a melhor herança que possamos dar a alguém: a fé!
Educar na fé, para que essa pessoa cresça.
Ajudar as crianças, os adolescentes, os jovens, os adultos a conhecerem e amarem cada vez mais o Senhor é uma das mais belas aventuras educativas; está-se a construir a Igreja!

«Ser» catequista!
Não trabalhar como catequista: isso não adianta! Trabalho como catequista, porque gosto de ensinar… Se porém tu não és catequista, não adianta! Não serás fecundo, não serás fecunda!

Catequista é uma vocação.
«Ser catequista»: esta é a vocação; não trabalhar como catequista.
Atenção que eu não disse «fazer» o catequista, mas «sê-lo», porque compromete a vida: guia-se para o encontro com Cristo, através das palavras e da vida, através do testemunho.

Lembrai-vos daquilo que nos disse Bento XVI: «A Igreja não cresce por proselitismo. Cresce por atracção».

E aquilo que atrai é o testemunho.
Ser catequista significa dar testemunho da fé; ser coerente na própria vida. E isto não é fácil.
Não é fácil! Nós ajudamos, guiamos para chegarem ao encontro com Jesus através das palavras e da vida, através do testemunho.

Gosto de recordar aquilo que São Francisco de Assis dizia aos seus confrades: «Pregai sempre o Evangelho e, se for necessário, também com as palavras».

As palavras têm o seu lugar… mas primeiro o testemunho: que as pessoas vejam na nossa vida o Evangelho, possam ler o Evangelho.
E «ser» catequista requer amor: amor cada vez mais forte a Cristo, amor ao seu povo santo.
E este amor não se compra nas lojas, nem se compra sequer aqui em Roma.
Este amor vem de Cristo! É um presente de Cristo! É um presente de Cristo!
E se vem de Cristo, parte de Cristo; e nós devemos recomeçar de Cristo, deste amor que Ele nos dá.
Para um catequista, para vós e para mim, porque também eu sou catequista, que significa este recomeçar de Cristo? Que significa?

Eu vou falar de três pontos: um, dois e três, como faziam os antigos jesuítas… um, dois e três!

1. Antes de tudo, recomeçar de Cristo significa cultivar a familiaridade com Ele, ter esta familiaridade com Jesus: Jesus recomenda-o, com insistência, aos discípulos na Última Ceia, quando Se prepara para viver o dom mais sublime de amor, o sacrifício da Cruz.

Recorrendo à imagem da videira e dos ramos, Jesus diz: Permanecei no meu amor, permanecei ligados a mim, como o ramo está ligado à videira.

Se estivermos unidos a Ele, podemos dar fruto, e esta é a familiaridade com Cristo.
É permanecer em Jesus!
Permanecer ligados a Ele, dentro d’Ele, com Ele, falando com Ele: permanecer em Jesus.

A primeira coisa necessária para um discípulo é estar com o Mestre, ouvi-Lo, aprender d’Ele.
E isto é sempre válido, é um caminho que dura a vida inteira!

Recordo que, na diocese (na outra diocese que tinha antes), via muitas vezes, no fim dos cursos no seminário catequético, os catequistas saírem dizendo:
«Tenho o título de catequista!».
Isso não adianta, não tens nada, fizeste apenas um bocado de estrada!
Quem te ajudará? Isto sim, que vale sempre!
Não um título, mas um procedimento: estar com Ele; e dura toda a vida!
É estar na presença do Senhor, deixar-se olhar por Ele.

Pergunto-vos: Como estais na presença do Senhor?
Quando ides ter com o Senhor, enquanto olhais o Sacrário, que fazeis?
Sem palavras… Mas eu falo, falo, penso, medito, ouço…
Muito bem! Mas tu… deixas-te olhar pelo Senhor?

Sim, deixar-se olhar pelo Senhor. Ele olha-nos, e esta é uma maneira de rezar.

Deixas-te olhar pelo Senhor? Mas, como se faz? Olhas para o Sacrário e deixas-te olhar… é simples!
É um pouco maçador, adormeço… Se adormeceres, adormeces! Ele olhar-te-á igualmente, olhar-te-á igualmente.

Mas, teres a certeza de que Ele te olha é muito mais importante do que o título de catequista: faz parte do ser catequista.
Isto inflama o coração, mantém aceso o fogo da amizade com o Senhor, faz-te sentir que Ele verdadeiramente olha para ti, está perto de ti e te ama.

Numa das saídas que tive, aqui em Roma, por ocasião de uma Missa, aproximou-se um senhor, relativamente jovem, e disse-me:
«Padre, prazer em conhecê-lo; mas eu não acredito em nada! Não tenho o dom da fé!»
Ele entendia que a fé era um dom.
«Não tenho o dom da fé! Que me recomenda o senhor?»
«Não desanimes! Deus ama-te. Deixa-te olhar por Ele. E basta».

O mesmo vos digo a vós: Deixai-vos olhar pelo Senhor!
Compreendo que, para vós, não é tão simples: especialmente para quem é casado e tem filhos, é difícil encontrar um tempo longo de tranquilidade.
Mas, graças a Deus, não é necessário que todos façam da mesma maneira; na Igreja, há variedade de vocações e variedade de formas espirituais; o importante é encontrar o modo adequado para estar com o Senhor; e isto pode acontecer, é possível em todos os estados de vida.

Neste momento, cada um pode interrogar-se: Como é que eu vivo este «estar» com Jesus?
Esta é uma pergunta que vos deixo:
«Como é que eu vivo este estar com Jesus, este permanecer em Jesus?»
Tenho momentos em que permaneço na sua presença, em silêncio, e me deixo olhar por Ele?
Deixo que o seu fogo inflame o meu coração? Se, no nosso coração, não há o calor de Deus, do seu amor, da sua ternura, como podemos nós, pobres pecadores, inflamar o coração dos outros?
Pensai nisto!

2. O segundo elemento é este – dois – recomeçar de Cristo significa imitá-Lo na saída de Si mesmo para ir ao encontro do outro.
Trata-se de uma experiência maravilhosa, embora um pouco paradoxal.
Porquê? Porque, quem coloca Cristo no centro da sua vida, descentraliza-se!
Quanto mais te unes a Jesus e Ele Se torna o centro da tua vida, tanto mais Ele te faz sair de ti mesmo, te descentraliza e abre aos outros.

Este é o verdadeiro dinamismo do amor, este é o movimento do próprio Deus!
Sem deixar de ser o centro, Deus é sempre dom de Si, relação, vida que se comunica... E assim nos tornamos também nós, se permanecermos unidos a Cristo, porque Ele faz-nos entrar neste dinamismo do amor.
Onde há verdadeira vida em Cristo, há abertura ao outro, há saída de si mesmo para ir ao encontro do outro no nome de Cristo.

E o trabalho do catequista é este: por amor, sair continuamente de si mesmo para testemunhar Jesus e falar de Jesus, anunciar Jesus.
Isto é importante, porque é obra do Senhor: é precisamente o Senhor que nos impele a sair.

O coração do catequista vive sempre este movimento de «sístole-diástole»: união com Jesus - encontro com o outro.

Existem as duas coisas: eu uno-me a Jesus e saio ao encontro dos outros.
Se falta um destes dois movimentos, o coração deixa de bater, não pode viver.
Recebe em dom o querigma e, por sua vez, oferece-o em dom. Importante esta palavrinha: dom!
O catequista está consciente de que recebeu um dom: o dom da fé; e dela faz dom aos outros.
Isto é maravilhoso! E não reserva uma percentagem para si! Tudo aquilo que recebe, dá-o.
Aqui não se trata de um negócio! Não é um negócio! É puro dom: dom recebido e dom transmitido.
E o catequista está ali, nesta encruzilhada de dom. Isto está na própria natureza do querigma: é um dom que gera missão, que impele sempre para além de si mesmo.

São Paulo dizia: «O amor de Cristo nos impele»; mas esta expressão «nos impele» também se pode traduzir por «nos possui».

É assim o amor: atrai-te e envia-te, toma-te e dá-te aos outros. É nesta tensão que se move o coração do cristão, especialmente o coração do catequista.
Perguntemo-nos, todos: É assim que bate o meu coração de catequista: união com Jesus e encontro com o outro? Com este movimento de «sístole e diástole»? Alimenta-se na relação com Ele, mas para O levar aos outros e não para o reter?
Eis o que vos digo: Não compreendo como possa um catequista ficar parado, sem este movimento. Não compreendo!

3. E o terceiro elemento – três – situa-se também nesta linha: recomeçar de Cristo significa não ter medo de ir com Ele para as periferias. Isto traz-me à mente a história de Jonas, uma figura muito interessante, especialmente nos nossos tempos de mudanças e incerteza.

Jonas é um homem piedoso, com uma vida tranquila e bem ordenada; isto leva-o a ter bem claros os seus esquemas e a julgar rigidamente tudo e todos segundo esses esquemas.
Vê tudo claro, a verdade é esta. É rígido!
Por isso, quando o Senhor o chama e lhe diz para ir pregar à grande cidade pagã de Nínive, Jonas não quer. Ir lá! Mas eu tenho toda a verdade aqui!
Não quer ir… Nínive está fora dos seus esquemas, está na periferia do seu mundo.
Então escapa, vai para Espanha, foge, embarca num navio que vai para aqueles lados. Ide ler o Livro de Jonas! É breve, mas é uma parábola muito instrutiva, especialmente para nós que estamos na Igreja.

Que nos ensina? Ensina-nos a não ter medo de sair dos nossos esquemas para seguir a Deus, porque Deus vai sempre mais além.
Sabeis uma coisa? Deus não tem medo! Sabíeis isto?! Não tem medo! Ultrapassa sempre os nossos esquemas! Deus não tem medo das periferias.
Se fordes às periferias, encontrá-Lo-eis lá. Deus é sempre fiel, é criativo.
Mas, por favor, não se compreende um catequista que não seja criativo. A criatividade é como que a coluna do ser catequista.

Deus é criativo, não se fecha, e por isso nunca é rígido. Deus não é rígido!
Acolhe-nos, vem ao nosso encontro, compreende-nos.
Para sermos fiéis, para sermos criativos, é preciso saber mudar. Saber mudar. E porque devo mudar? É para me adequar às circunstâncias em que devo anunciar o Evangelho. Para permanecermos com Deus, é preciso saber sair, não ter medo de sair.

Se um catequista se deixa tomar pelo medo, é um covarde; se um catequista se fecha tranquilo, acaba por ser uma estátua de museu: e temos muitos! Temos muitos! Por favor, estátuas de museu, não! Se um catequista é rígido, torna-se encarquilhado e estéril.

Pergunto-vos: Alguém de vós quer ser covarde, estátua de museu ou estéril? Algum de vós tem vontade de o ser? [catequistas: Não!] Não? Têm a certeza? … Está bem!
Aquilo que vou dizer agora, já o disse muitas vezes; mas sinto no coração que o devo dizer.

Quando nós, cristãos, estamos fechados no nosso grupo, no nosso movimento, na nossa paróquia, no nosso ambiente, permanecemos fechados; e acontece-nos o que sucede a tudo aquilo que está fechado: quando um quarto está fechado, começa a cheirar a mofo. E se uma pessoa está fechada naquele quarto, adoece!
Quando um cristão está fechado no seu grupo, na sua paróquia, no seu movimento, está fechado, adoece.

Se um cristão sai pelas estradas, vai às periferias, pode acontecer-lhe o mesmo que a qualquer pessoa que anda na estrada: um acidente.
Quantas vezes vimos acidentes na estrada!
Mas eu digo-vos: prefiro mil vezes uma Igreja acidentada que uma Igreja doente! Prefiro uma Igreja, um catequista que corra corajosamente o risco de sair, que um catequista que estude, saiba tudo, mas sempre fechado: este está doente. E às vezes está doente da cabeça…

Atenção, porém!
Jesus não diz: Ide, arranjai-vos. Não, não diz isso! Jesus diz: Ide, Eu estou convosco!
Nisto está o nosso encanto e a nossa força: se formos, se sairmos para levar o seu Evangelho com amor, com verdadeiro espírito apostólico, com franqueza, Ele caminha connosco, precede-nos, - digo-o em espanhol – nos «primerea». O Senhor sempre nos «primerea»!

Decerto já aprendestes o significado desta palavra!. E isto é a Bíblia que o diz, não eu.
A Bíblia diz, ou melhor, o Senhor diz na Bíblia: Eu sou como a flor da amendoeira.
Porquê? Porque é a primeira flor que desabrocha na primavera.
Ele é sempre o «primero»! Ele é o primeiro! Para nós, isto é fundamental: Deus sempre nos precede! Quando pensamos que temos de ir para longe, para uma periferia extrema, talvez nos assalte um pouco de medo; mas, na realidade, Ele já está lá: Jesus espera-nos no coração daquele irmão, na sua carne ferida, na sua vida oprimida, na sua alma sem fé.

Vós sabeis uma das periferias que me faz tão mal, tão mal que me faz doer (senti-o na diocese que tinha antes)?
É a das crianças que não sabem fazer o Sinal da Cruz. Em Buenos Aires, há muitas crianças que não sabem fazer o Sinal da Cruz. Esta é uma periferia!
É preciso ir lá!
E Jesus está lá, espera por ti para ajudares aquela criança a fazer o Sinal da Cruz. Ele sempre nos precede.

Amados catequistas, acabaram-se os três pontos.
Recomeçar sempre de Cristo!
Agradeço-vos pelo que fazeis, mas sobretudo porque estais na Igreja, no Povo de Deus em caminho, porque caminhais com o Povo de Deus.

Permaneçamos com Cristo – permanecer em Cristo –, procuremos cada vez mais ser um só com Ele; sigamo-Lo, imitemo-Lo no seu movimento de amor, no seu sair ao encontro do homem; e saiamos, abramos as portas, tenhamos a audácia de traçar estradas novas para o anúncio do Evangelho.

Que o Senhor vos abençoe e Nossa Senhora vos acompanhe! Obrigado!

Maria é nossa Mãe; Maria, sempre, nos leva a Jesus!
Elevemos uma oração, uns pelos outros, a Nossa Senhora [Ave Maria]. [Bênção]. Muito obrigado!


Fonte: Santa Sé




sexta-feira, 27 de setembro de 2013

AS ESTATÍSTICAS II – 10 000 Visualizações




Atingido mais um número redondo, desta vez o 10 000, damos conta do número de visualizações ao longo dos meses.

Março -       192
Abril -      2 479
Maio -      1 432
Junho -    1 697
Julho -     1 970
Agosto -   1 247
Setembro - 983, ao atingir as 10 mil em 27Set2013

Ao longo destes primeiros seis meses - o blogue foi colocado no ar cerca das 11H00 do dia de Páscoa, dia 31 de Março de 2013, publicamos os Boletins Paroquiais, procuramos relatar as actividades desenvolvidas na nossa paróquia e divulgamos textos e eventos de âmbito diocesano, nacional ou internacional.

Relativamente a estes últimos, os extra paroquiais, apesar de estarem disponíveis nos sítios respectivos e ser fastidioso para quem já os leu no original, temos vindo a inseri-los quando nos parece poderem interessar a quem nos acompanha.

Continuamos à espera da vossa opinião para que, de facto, o blogue da Paróquia de São Cristóvão do Muro corresponda às expectativas de quem o acompanha.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

QUE FIZEMOS NÓS DA ALEGRIA?

José Tolentino Mendonça

Mas o que é a alegria?
A alegria é expansão pessoalíssima e profunda.
Não há duas alegrias iguais, como não há duas lágrimas ou dois prantos iguais.
A alegria é uma gramática singular.
Por um lado, tem uma expressão física, mas, por outro, conserva uma natureza evidentemente espiritual.
Não se reduz a uma forma de bem-estar ou a um conforto emocional, embora se possa traduzir também dessas maneiras.
A alegria é uma revelação da vida profunda.
É abrir uma porta, um caminho, um corredor para a passagem do Espírito.

No espaço teológico e eclesial, infelizmente, a alegria tornou-se um motivo tratado com alguma parcimónia.
Falamos pouco do Evangelho da Alegria e, entre tudo aquilo que assumimos como dever, como tarefa, raramente ele está.
O dever da alegria, estarmos quotidianamente hipotecados à alegria, enviados em nome da alegria, não nos é tantas vezes recordado quanto devia.
As nossas liturgias, pregações, catequeses e pastorais abordam a alegria quase com pudor.

Isto para dizer que a alegria tornou-se um tópico mais ou menos marginal, uma espécie de subtema e, por vezes, até uma espécie de interdito.
Nietzsche dizia que o cristianismo seria mais credível se os cristãos parecessem alegres.
Que fizemos nós do Evangelho da Alegria?

Definimo-nos culturalmente como homo faber, homem artesão, fabricante, aquele que se realiza na própria acção.
E distanciamos da nossa própria vida o horizonte do homo festivus, isto é, o que é capaz de celebrar, aquele que conduz a criação à sua plenitude. 

A alegria nasce do acolhimento.
Nasce quando aceitamos construir a vida numa cultura de hospitalidade.
Há um filme de Ingmar Bergman em que uma personagem é uma rapariga anoréxica - e sabemos como a anorexia é uma forma de desistir da própria vida, de desinvestir afectivamente.
A rapariga vai falar com um médico e ele diz-lhe isto, que também vale para todos nós: “Olha há só um remédio para ti, só vejo um caminho: em cada dia deixa-te tocar por alguém ou por alguma coisa”.
A alegria é esta hospitalidade.

Editorial da Agência Ecclesia, 20-09-2013

sábado, 21 de setembro de 2013

Boletim Paroquial nº 67

Semana de 22 a 29 de Setembro 2013
XXV Domingo do Tempo Comum - ANO C

OS VALORES DO REINO



A liturgia sugere-nos, hoje, uma reflexão sobre o lugar que o dinheiro e os outros bens materiais devem assumir na nossa vida.

De acordo com a Palavra de Deus que nos é proposta, os discípulos de Jesus devem evitar que a ganância ou o desejo imoderado do lucro manipulem as suas vidas e condicionem as suas opções; em contrapartida, são convidados a procurar os valores do “Reino”.

Na primeira leitura, o profeta Amós denuncia os comerciantes sem escrúpulos, preocupados em ampliar sempre mais as suas riquezas, que apenas pensam em explorar a miséria e o sofrimento dos pobres.
Amós avisa: Deus não está do lado de quem, por causa da obsessão do lucro, escraviza os irmãos.
A exploração e a injustiça não passam em claro aos olhos de Deus.

O Evangelho apresenta a parábola do administrador astuto.
Nela, Jesus oferece aos discípulos o exemplo de um homem que percebeu como os bens deste mundo eram caducos e precários e que os usou para assegurar valores mais duradouros e consistentes… Jesus avisa os seus discípulos para fazerem o mesmo.

Na segunda leitura, o autor da Primeira Carta a Timóteo convida os crentes a fazerem do seu diálogo com Deus uma oração universal, onde caibam as preocupações e as angústias de todos os nossos irmãos, sem excepção.
O tema não se liga, directamente, com a questão da riqueza (que é o tema fundamental da liturgia deste domingo); mas o convite a não ficar fechado em si próprio e a preocupar-se com as dores e esperanças de todos os irmãos, situa-nos no mesmo campo: o discípulo é convidado a sair do seu egoísmo para assumir os valores duradouros do amor, da partilha, da fraternidade.


Portugal: EMPRESÁRIOS E TRABALHADORES CATÓLICOS DEBATEM CRISE EM CONJUNTO
ACEGE e LOC/MTC procuram respostas que sirvam interesses comuns

Lisboa, 18 set 2013 (Ecclesia) – A Associação Cristã de Empresários e Gestores e o Movimento de Trabalhadores Cristãos têm promovido reuniões e conferências conjuntas para debaterem a actualidade tendo como base o diálogo social.

Penso que são importantes porque mais do que estarmos a defender uns para cada lado a construção de um mundo justo e fraterno temos de nos unir e ver onde é que podemos encontrar pontos comuns”, revela Fátima Almeida, do Movimento de Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC).

À Agência ECCLESIA, a responsável explica que a LOC/MTC e a ACEGE participaram em dois colóquios sobre o diálogo social, promovidos pela Comissão Nacional Justiça e Paz, que ajudam à construção conjunta do “bem-estar que as pessoas tanto precisam”.

Nestes encontros a LOC/MTC e a ACEGE intervêm no mesmo espaço e com a mesma oportunidade, algo que a responsável considera “fundamental” porque o conceito de diálogo social hoje, veiculado pela concertação social, por exemplo, apresenta-se como “imposto”.

Não há discussão aberta entre empresários, trabalhadores, sindicatos, apenas se procuram impor medidas de austeridade que servem para prejudicar a vida dos trabalhadores”, clarifica Fátima Almeida.

Já para o presidente da Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE) estes encontros conjuntos são importantes porque “na perspectiva cristã as empresas são comunidades humanas e não pontos de conflito onde os interesses não são todos coincidentes mas são espaço de consenso, concertação e comunhão”.

António Pinto Leite reafirma que todas as organizações devem “caminhar juntas” e que nas reuniões com a LOC/MTC percebem as reivindicações e os problemas dos trabalhadores.

Neste sentido, os empresários têm “mais responsabilidades na comunidade humana”, que é uma empresa, e na promoção da “união, da escuta e da partilha” porque “condicionam o modo de viver das empresas e têm uma importância acrescida”, assinala o presidente da ACEGE.

Depois de uma pausa, Fátima Almeida revela que os encontros entre a LOC/MTC e a ACEGE “serão novamente programados e preparados” a partir deste mês.


Vaticano: JORNADA DOS CATEQUISTAS NO ANO DA FÉ
Catecismo da Igreja Católica vai estar disponível para telemóvel e tablet


 
Cidade do Vaticano, 19 set 2013 (Ecclesia) – O catequista, testemunha da fé’, é o tema de três iniciativas apresentadas hoje pelo arcebispo Rino Fisichella, presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização, que se realizam no final de Setembro, no Vaticano.

O encontro internacional de catequistas tem como objectivo que estes agentes da pastoral vivam uma peregrinação ao túmulo do apóstolo São Pedro, primeiro Papa da Igreja Católica, e depois “serem confirmados na fé” pelo Papa Francisco numa Eucaristia, a 29 de Setembro.

Do programa constam catequeses sobre o sacramento da reconciliação e da adoração ao Santíssimo Sacramento: “As catequeses serão em várias línguas, com 14 bispos, e decorrerão nas igrejas adjacentes à Praça de São Pedro devido à afluência de pessoas”, para não causarem transtorno na cidade, explicou o arcebispo Rino Fisichella, em conferência de imprensa.

Esta acção, nos dias 28 e 29 de Setembro, é precedida pelo Conselho Internacional de Catequese, a 25 de Setembro.

A missão deste encontro é partilhar experiências e estudar as questões mais importantes da catequese para fornecer um serviço comum a todas as conferências episcopais”, explicou D. Rino Fisichella.

O Conselho Internacional de Catequese foi instituído pelo Papa Paulo VI, em 1973, e renovado a 1 de Outubro de 2012 com o objectivo de “analisar a catequese” à esfera mundial na última década e “projectar a sua missão evangelizadora”, acrescentou o presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização.

Depois, de 26 a 28 de Setembro realiza-se o Congresso Internacional de Catequese, na Casa de São Paulo VI, que debruçar-se-á sobre a primeira parte do Catecismo da Igreja Católica, mais propriamente sobre o tema da fé.

Do programa, destaca-se a catequese do Papa Francisco, no dia 27 de Setembro, às 17h00 (18h00 em Portugal), participam neste congresso 104 delegações de 50 países num total de 1600 pessoas.

Na apresentação da Peregrinação dos Catequistas, iniciativa inserida no Ano da Fé, o responsável estava acompanhado pelo bispo José Ruiz Arenas e pelo monsenhor Graham Bell, respectivamente secretário e subsecretário do Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização.

Na conferência de imprensa, o arcebispo revelou que brevemente estará disponível uma aplicação gratuita do ‘Catecismo da Igreja Católica’ para tablets e para telemóveis smartphone, que “permitirá ter ao alcance da mão o Catecismo e o seu Compêndio com a possibilidade de consultar os textos, as referências bíblicas, o glossário e textos de referência que se poderão transferir para as redes sociais” como o facebook e o twitter.

Os três encontros realizam-se sob o tema - O catequista, testemunha da fé – e para o arcebispo, “os que são chamados assumir a grande responsabilidade da fé sabem que o testemunho de vida é o elemento privilegiado para a credibilidade da sua missão”.

O Conselho Pontifício para a Promoção da Nova Evangelização foi criado com a missão de “promover o Catecismo da Igreja Católica” agora, “a sua jurisdição alargou-se a toda a catequese”, revelou o arcebispo.

AVISOS

HORÁRIOS DAS MISSAS
Terça-feira, dia 24 de Setembro, às 19:00 – 30º Dia Manuel Augusto Gonçalves de Sá
Sábado, dia 28 de Setembro, às 17:00
Domingo, dia 29 de Setembro, às 9:15


ATENDIMENTO
Na próxima Terça-feira não há atendimento

NOTAS:
Terça-feira, 24Set, às 21:00 – Oficinas de Oração e Vida no Salão Paroquial
Durante o presente Ano Pastoral teremos a possibilidade de “aprender a rezar para aprendermos a viver melhor”, este será o primeiro encontro. Todos estão convidados a aparecer.

Quinta-feira, 26Set, às 21:00 – Reunião de Catequistas no Salão Paroquial

SACRAMENTO DO CRISMA
Quem tiver 18 anos ou mais e pretender receber o Sacramento do Crisma, deverá fazer a sua inscrição no horário de atendimento.
A preparação começará em Janeiro do próximo ano e terminará em Julho do mesmo ano.
A inscrição será feita até final do presente ano civil.


BAPTISMO PARA ADULTOS
Se houver alguém que não sendo baptizado pretenda receber o Sacramento do Baptismo, deve fazer a sua inscrição até final do mês de Setembro junto do Padre Rui.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

VISITA PASTORAL DO PAPA A CAGLIARI - Domingo, 22 de Setembro de 2013




No próximo domingo, o Papa Francisco realiza uma visita pastoral a Cagliari, na ilha de Sardenha.

Vai encontrar-se com grupos específicos de trabalhadores, doentes, pobres, prisioneiros, representantes do mundo da cultura e jovens.

É a segunda viagem do Pontífice na Itália; outra ilha depois de Lampedusa.

O primeiro encontro é com um grupo de trabalhadores no largo Carlo Felice, centro histórico da capital.
Segue para o Santuário de Nossa Senhora de Bonaria, onde se encontra com as autoridades civis e tem um encontro com doentes; depois celebrará a Eucaristia e recitará o Angelus.
Almoça com os bispos da Sardenha e, da parte da tarde, encontra-se com com os pobres e os prisioneiros.
Na Faculdade de Teologia tem um encontro com o mundo da cultura e, antes de partir, reúne com os jovens no largo Carlo Felice.

 
Optamos por integrar na presente mensagem o registo das transmissões, efectuadas em directo, desta Visita Pastoral

Domingo, 22 de Setembro de 2013:

07H15 - Chegada e encontro com trabalhadores
O Papa Francisco chega por via aérea ao aeroporto "Mario Mameli" e prossegue para o centro da capital da Sardenha para o encontro com trabalhadores.




08H45 - Celebração Eucarística
O Papa Francisco chega à Praça do Santuário de Nossa Senhora de Bonaria, cumprimenta as autoridades e, em seguida, os doentes, que o esperam na Basílica. Celebra a Santa Missa e recita o Angelus.




14H00 - Reunião com os pobres e os prisioneiros
O Papa Francisco reúne-se com um grupo de pessoas pobres e presos na Catedral.




14H50 - Reunião com o mundo da cultura
Durante a sua visita pastoral a Cagliari, o Papa Francisco reúne-se com representantes do mundo da cultura, no salão da Faculdade Pontífica de Teologia.




16H00 – Encontro com os jovens
O Papa Francisco está com os jovens da capital da Sardenha e de outras cidades da região, no final do evento "Lançar as redes", no Largo Carlo Felice.




17H30 – Partida de Cagliari
O Papa Francisco conclui a visita pastoral a Cagliari, partindo do aeroporto Mario Mameli de Cagliari para o de Ciampino em Roma.




segunda-feira, 16 de setembro de 2013

AMOR PELO POVO E HUMILDADE: AS CARACTERÍSTICAS DE QUEM GOVERNA, segundo Papa Francisco





O serviço da autoridade foi o tema da homilia pronunciada esta manhã pelo Papa Francisco na missa presidida na capela da Casa Santa Marta.

Comentando o trecho do Evangelho em que o centurião pede a Jesus que cure o seu servo e a carta de São Paulo a Timóteo, com o convite a rezar pelos governantes, o Papa falou das características indispensáveis que um político deve ter: humildade e amor pelo povo.

"Um político que não ama pode, no máximo, colocar um pouco de ordem, mas não governar”, disse o Papa Francisco, citando Davi, que amava seu povo a ponto de pedir que o Senhor o punisse depois do pecado de numerar o seu povo:
Não se pode governar sem amor ao povo e sem humildade!

E todo homem e mulher que assume um cargo de governo, deve fazer duas perguntas:
Eu amo o meu povo para servi-lo melhor?
Sou humilde e dou ouvidos a todos, ouço várias opiniões para escolher o melhor caminho?”.

Se estas perguntas não são feitas, não será um bom governo.
O governante homem ou mulher que ama seu povo é uma pessoa humilde.

Já São Paulo exorta todos os governados a rezarem por todos aqueles que estão no poder, para que possamos ter uma vida calma e tranquila.

Os cidadãos, disse o Papa, não podem desinteressar-se da política:

Nenhum de nós pode dizer “não tenho nada a ver com isso, eles governam...” Pelo contrário, eu sou responsável pelo seu governo e devo dar o melhor de mim para que eles governem bem e participar da política dentro das minhas possibilidades.

A política – afirma a Doutrina Social da Igreja - é uma das formas mais altas de caridade, porque serve ao bem comum.

Eu não posso lavar minhas mãos.
Todos devemos oferecer algo!

Existe o hábito de somente falar mal dos governantes e criticar o que está errado.
Assiste-se ao noticiário na televisão, lê-se o jornal, e as críticas são contínuas.
Fala-se sempre mal e contra.

Talvez, disse o Pontífice, o “governante seja sim um pecador, como Davi, mas eu devo colaborar com a minha opinião, com a minha palavra, e também com a minha correcção”, porque todos “devemos participar do bem comum!”.

E quando “muitas vezes ouvimos que um “bom católico não entra na política”, isso não é verdade:
Um bom católico empenha-se na política oferecendo o melhor de si, para que o governante possa governar.

Mas qual a melhor coisa que podemos oferecer aos governantes?
A oração!
É aquilo que Paulo diz:
Oremos por todos os homens, pelo rei e por todos os que estão no poder”.

Mas, Padre, aquela é uma má pessoa, tem que ir para o inferno …”.
Reza por ele, por ela, para que possa governar bem, para que ame o seu povo, para que sirva à população, para que seja humilde!
Um cristão que não reza por seus governantes, disse ainda o Papa Francisco, não é um bom cristão!

Se uma pessoa é má, “reze para que se converta!”.
Rezemos pelos governantes para que governem bem, para que levem avante nossa pátria, nossa nação e também o mundo, que exista paz e o bem comum.”

Rádio Vaticano, 16-09-2013

domingo, 15 de setembro de 2013

Boletim Paroquial nº 66

Semana de 15 a 22 de Setembro 2013
XXIV Domingo do Tempo Comum - ANO C


O AMOR INCONDICIONAL


A liturgia deste domingo centra a nossa reflexão na lógica do amor de Deus.
Sugere que Deus ama o homem, infinita e incondicionalmente; e que nem o pecado nos afasta desse amor…

A primeira leitura apresenta-nos a atitude misericordiosa de Jahwéh face à infidelidade do Povo.
Neste episódio – situado no Sinai, no espaço geográfico da aliança – Deus assume uma atitude que se vai repetir vezes sem conta ao longo da história da salvação: deixa que o amor se sobreponha à vontade de punir o pecador.

Na segunda leitura, Paulo recorda algo que nunca deixou de o espantar: o amor de Deus manifestado em Jesus Cristo.
Esse amor derrama-se incondicionalmente sobre os pecadores, transforma-os e torna-os pessoas novas.
Paulo é um exemplo concreto dessa lógica de Deus; por isso, não deixará de testemunhar o amor de Deus e de Lhe agradecer.

O Evangelho apresenta-nos o Deus que ama todos os homens e que, de forma especial, Se preocupa com os pecadores, com os excluídos, com os marginalizados.
A parábola do “filho pródigo”, em especial, apresenta Deus como um pai que espera ansiosamente o regresso do filho rebelde, que o abraça quando o avista, que o faz reentrar em sua casa e que faz uma grande festa para celebrar o reencontro.


Papa Francisco: OS MEXERICOS SÃO CRIMINOSOS, POIS MATAM DEUS E O PRÓXIMO



Quem fala mal do próximo é um hipócrita, que não tem “a coragem de olhar para os próprios defeitos”. Foi o que disse o Papa na homilia desta manhã na Casa Santa Marta.
 
Porque reparas no cisco que está no olho de teu irmão, e não reparas na trave que está no teu próprio olho?”: O Papa Francisco iniciou sua homilia com a pergunta feita por Jesus que mexe com a consciência de todos os homens, de todos os tempos. O Papa observou que Cristo, após falar da humildade, fala-nos do seu oposto, ou seja, “daquela atitude odiosa para com o próximo, de ser juiz do irmão”. Para estes casos, Jesus usa uma palavra dura: hipócrita:

Aqueles que vivem julgando o próximo, falando mal do outro, são hipócritas, porque não têm a força, a coragem de olhar para os próprios defeitos.

O Senhor afirma que quem tem no coração ódio do seu irmão, é um homicida...
Também o Apóstolo João, na sua primeira Carta, é claro: quem odeia e julga o seu irmão caminha nas trevas.”

Para o Papa, todas as vezes que julgamos os nossos irmãos no nosso coração e, pior, falamos disso com outras pessoas, somos “cristãos homicidas”:
Um cristão homicida … Não sou eu quem digo, eh?, é o Senhor. E sobre este ponto, não há meio termo. Quem fala mal do irmão, mata-o. E nós, todas as vezes que o fazemos, imitamos aquele gesto de Caim, o primeiro homicida da história”.

O Papa Francisco acrescenta que neste período em que se fala de guerras e se pede tanto a paz, “é necessário um gesto nosso de conversão”. “Os mexericos – advertiu – fazem parte desta dimensão da criminalidade. Não existe mexerico inocente”.

A língua, disse ainda citando São Tiago, é para louvar a Deus, “mas quando a usamos para falar mal do irmão ou da irmã, nós usamos-lha para matar Deus”, “a imagem de Deus no irmão”. Não vale a argumentação de que alguém mereça intrigas.

Reze por essa pessoa! Faça penitência por ela! E depois, se necessário, fale com alguém que possa remediar o problema. Sem espalhar a notícia!’.

Paulo foi um grande pecador, e disse de si mesmo: ‘Antes eu blasfemava, perseguia e era violento. Mas tiveram misericórdia’.

Talvez nenhum de nós blasfeme – talvez.

Mas se alguém faz intriga, certamente é um perseguidor e um violento. Peçamos para nós, para toda a Igreja, a graça de nos converter da criminalidade das intrigas ao amor, à humildade, à mansidão, à magnanimidade do amor para com o próximo”.

Cidade do Vaticano, Rádio Vaticano, 13-09-2013


Crise: A URGÊNCIA DA CARIDADE



O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa sublinhou, esta terça-feira, em Fátima, no encontro da pastoral social, que os tempos actuais são “muito complexos” e que se vive uma «autêntica mudança de época”.

D. Manuel Clemente disse aos participantes do encontro subordinado ao tema «Testemunhar a Caridade no Ano da Fé» que a humanidade “está disponível e desperta para uma atitude verdadeiramente cristã”.

Na sessão de abertura, o presidente da CEP referiu que a prática da caridade “é urgente” nos tempos que correm e os cristãos devem “estar na primeira linha”.

No encontro a decorrer em Fátima, Centro Pastoral Paulo VI, até quinta-feira, o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, D. Jorge Ortiga, realçou também que na sociedade hodierna “as coisas confundem-se com relativa facilidade” e “muitas vezes procura-se camuflar a verdadeira identidade com uma ambiguidade que às vezes pode ser preocupante”.

Segundo D. Jorge Ortiga, “o medo impôs-se com os seus variadíssimos tentáculos” e “nem sempre há uma preocupação por um encontro com os verdadeiros conteúdos”.

O 28.º encontro da Pastoral Social cruza também experiências e realidades vividas a partir de um vasto campo de trabalho, que inclui áreas como a “pastoral penitenciária”, o apoio à procura de emprego, “o drama do tráfico humano” e a acção da Igreja Católica junto das minorias étnicas.

A conferência de encerramento será proferida pelo arcebispo de Boston (EUA), cardeal Seán O’Malley, que falará sobre «A caridade é a fé em acção».

Fátima, Santarém, 11 Set 2013 (Ecclesia)

AVISOS

HORÁRIOS DAS MISSAS
Terça-feira, dia 17 de Setembro, às 19:00
Sábado, dia 21 de Setembro, às 17:00 – 30º Dia Felismina Martins Coelho
                                                                     30º Dia Manuel Fernando da Silva Couto
                                                                     1º Anivº Joaquim Oliveira da Luz
Domingo, dia 22 de Setembro, às 9:15


ATENDIMENTO
Terça-feira das 17:00 às 18:30


NOTA
Quero agradecer a resposta pronta – para além da Comunidade Paroquial, quer do Grupo de Jovens na distribuição do folheto de divulgação, quer do Coro Paroquial, não obstante estarem de "férias", a presença na Vigília de Oração pela Paz com o Papa Francisco, realizada no passado dia 7 de Setembro, na nossa Igreja.

BAPTISMO PARA ADULTOS
Se houver alguém que não sendo baptizado pretenda receber o Sacramento do Baptismo, deve fazer a sua inscrição até final do mês de Setembro junto do Padre Rui.


quarta-feira, 11 de setembro de 2013

SOMOS TODOS IGUAIS NA FÉ

Disse o Papa Francisco na audiência geral, em que afirmou a maternidade da Igreja

Foi uma Praça de São Pedro repleta de dezenas de milhares de peregrinos que acolheu nesta manhã o Papa Francisco para a audiência geral desta quarta-feira.
Nesta o Santo Padre retomou as catequeses sobre a Igreja neste Ano da Fé.

Começou por dizer que de entre as imagens que o Concílio Vaticano II escolheu para nos fazer perceber melhor a natureza da Igreja está aquela da Mãe: a Igreja é nossa Mãe na Fé.

É esta uma das imagens mais usadas pelos Pais da Igreja nos primeiros séculos e, segundo o Papa Francisco, talvez possa ser útil também para nós.
E, assim, o Santo Padre partiu da realidade da maternidade e perguntou: “o que faz uma mãe?”
"Em primeiro lugar, uma mãe gera a vida. Assim também faz a Igreja, que no
baptismo nos gera como filhos de Deus, nos gera na fé.”
 
Ensina-nos a dizer “eu creio”, porque um cristão não é uma ilha e não é gerado em “laboratório”, pois a fé é um dom de Deus que nos é dado na Igreja e através da Igreja. E a Igreja dá-nos a vida na Fé no Baptismo.

Foi neste momento que o Papa Francisco se dirigiu à multidão, perguntando quantos cristãos se lembravam da data do Baptismo, recordando que esta é a data em que a “Igreja nos gerou”.

E deu “uma tarefa” aos fiéis presentes, que, ao voltarem para casa, procurassem saber a data do próprio Baptismo, para recordá-la no coração e festejá-la.

Além de dar a vida, uma mãe também nutre os seus filhos, dá-lhes educação e corrige-os. “Uma boa mãe ajuda os filhos a saírem de si mesmos, a não permanecerem comodamente sob as asas maternas, como uma ninhada de pintainhos sob as asas da galinha.
A Igreja, como boa mãe, faz a mesma coisa: acompanha o nosso crescimento, transmitindo a Palavra de Deus e administrando os sacramentos. Nutre-nos com a Eucaristia, oferece-nos o perdão de Deus e ampara-nos nos momentos de doença.

Por último, o Papa Francisco lembrou que, ainda que a Igreja forme os cristãos, Ela também é formada por eles.
Ela não é diferente de nós mesmos, mas é vista como a totalidade dos fiéis: eu, tu, ele, nós somos parte da Igreja. “Às vezes – diz o Papa Francisco - , ouço: acredito em Deus, mas não na Igreja. Não acredito naquele padre. Mas a Igreja não são só os padres.

Desta forma, o Papa Francisco reforçou a ideia da Igreja que somos: Todos iguais através do baptismo!
Desta forma, alguém que diz acreditar em Deus mas não acredita na Igreja... não acredita em si próprio, porque todos somos Igreja.

Rádio Vaticano, 11-09-2013

sábado, 7 de setembro de 2013

Boletim Paroquial nº 65

Semana de 8 a 15 de Setembro 2013
XXIII Domingo do Tempo Comum - ANO C

O CAMINHO DO REINO


 
A liturgia deste domingo convida-nos a tomar consciência de quanto é exigente o caminho do “Reino”.

Optar pelo “Reino” não é escolher um caminho de facilidade, mas sim aceitar percorrer um caminho de renúncia e de dom da vida.

É, sobretudo, o Evangelho que traça as coordenadas do “caminho do discípulo”: é um caminho em que o “Reino” deve ter a primazia sobre as pessoas que amamos, sobre os nossos bens, sobre os nossos próprios interesses e esquemas pessoais.

Quem tomar contacto com esta proposta tem de pensar seriamente se a quer acolher, se tem forças para a acolher… Jesus não admite meios-termos: ou se aceita o “Reino” e se embarca nessa aventura a tempo inteiro e “a fundo perdido”, ou não vale a pena começar algo que não vai levar a lado nenhum (porque não é um caminho que se percorra com hesitações e com “meias tintas”).

A primeira leitura lembra a todos aqueles que não conseguem decidir-se pelo “Reino” que só em Deus é possível encontrar a verdadeira felicidade e o sentido da vida.

Há, portanto, aí, um encorajamento implícito a aderir ao “Reino”: embora exigente, é um caminho que leva à felicidade plena.

A segunda leitura recorda que o amor é o valor fundamental, para todos os que aceitam a dinâmica do “Reino”; só ele permite descobrir a igualdade de todos os homens, filhos do mesmo Pai e irmãos em Cristo.

Aceitar viver na lógica do “Reino” é reconhecer em cada homem um irmão e agir em consequência.


Síria: VATICANO EXORTA COMUNIDADE INTERNACIONAL A PROMOVER «SEM MAIS DEMORAS, INICIATIVAS CLARAS DE PAZ»

Santa Sé reuniu corpo diplomático presente em Roma



Cidade do Vaticano, 5Set2013 (Ecclesia) – O secretário do Vaticano para a Relação com os Estados reuniu-se hoje com o corpo diplomático acreditado junto da Santa Sé para reiterar a posição do Papa relativamente ao conflito armado na Síria.

Numa mensagem publicada pela sala de imprensa da Santa Sé, D. Dominique Mamberti defendeu como “absolutamente prioritário o fim da violência, que continua a semear a morte e a destruição, que ameaça envolver outros países do Médio Oriente e poderá ter consequências imprevisíveis em diversas partes do mundo”.

Ao apelo feito às partes em confronto, para que não se fechem nos seus próprios interesses mas sigam com coragem e convicção a via do encontro e do diálogo, junta-se também outro feito à comunidade internacional, para que promova, sem mais demoras, iniciativas claras para a paz na Síria”, sublinhou o arcebispo.

O encontro convocado pela Secretaria de Estado do Vaticano contou com a presença de 71 embaixadores, aos quais D. Dominique Momberti explicou o significado da vigília de oração e jejum convocada pelo Papa para o próximo sábado.

De acordo com o representante da Santa Sé, “o apelo premente do Papa dá voz ao desejo de paz emanado de todas as partes da terra, do coração de cada homem de boa vontade”.

Num momento da história marcado pela violência e pela guerra, um pouco por todo o planeta, Francisco quer chamar atenção para a situação particularmente grave e delicada do povo sírio, que já viu demasiada dor, sofrimento e destruição”, sublinhou.

Desde que a guerra estalou entre as tropas do regime de Bashar al-Assad e as forças rebeldes, já morreram mais de 110 mil pessoas na Síria e cerca de seis milhões de homens, mulheres e crianças foram obrigadas a deixar as suas casas, tanto para fugirem para fora do país como para buscarem segurança em outras regiões da nação árabe.

No dia 21 de Agosto, mais de 1400 pessoas perderam a vida depois de um ataque alegadamente com armas químicas, levado a cabo pelo governo sírio.

Para D. Dominique Momberti, “diante desta situação ninguém pode ficar em silêncio e a Santa Sé espera que as instituições competentes apurem a verdade dos factos e que os responsáveis prestem contas na justiça”.

Tais actos suscitaram forte reacção no plano internacional” e, da parte do Papa, ficou o repto de que “o caminho para a paz não pode ser feito através das armas” e a convicção de que “há uma justiça de Deus e também uma justiça da história a que ninguém pode escapar”, sustentou.

Para que o futuro da Síria seja salvaguardado, o Vaticano defende “a criação de uma plataforma de entendimento entre Governo e rebeldes, tendo em vista a reconciliação do povo sírio, a preservação da unidade do país e a garantia da sua integridade territorial”.

Sublinha ainda a necessidade dos responsáveis futuros da Síria construírem um país com “lugar para todos, particularmente para as minorias, incluindo os cristãos, que respeite os direitos humanos, a liberdade religiosa” e não compactue com “grupos extremistas” nem com o “terrorismo”.


Vaticano: PAPA DESTACA IMPORTÂNCIA DE UM ESFORÇO ECUMÉNICO QUE «ULTRAPASSE PRECONCEITOS E INTOLERÂNCIAS»

O Papa Francisco encontrou-se com líder da Igreja Ortodoxa Siro-Malancar da Índia, nascida da pregação do apóstolo São Tomé na Ásia



Cidade do Vaticano, 05Set2013 (Ecclesia) – O Papa encontrou-se hoje no Vaticano com o líder da Igreja Ortodoxa Siro-Malancar da Índia e destacou a importância de um esforço ecuménico que “ultrapasse preconceitos e intolerâncias” e dê lugar a uma “cultura de encontro”.

Vamos trabalhar em conjunto, com confiança, pelo dia em que, com a ajuda de Deus, consigamos estar unidos em plena comunhão, junto ao altar do sacrifício de Cristo, na Eucaristia”, disse Francisco a Moran Baselios Marthoma Paulose II.

De acordo com a sala de imprensa da Santa Sé, durante a audiência com a autoridade máxima daquela igreja cristã, nascida da pregação do apóstolo São Tomé na Ásia, o Papa recordou a importância do encontro entre João Paulo II e o Patriarca Baselios Marthoma Mathews I, em 1983.

Nessa altura foi instituída uma Comissão Mista Internacional para o Diálogo entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa Siro-Malancar, que favoreceu a formulação de uma “declaração cristológica comum, em 1990”.

Desde então, as conversações decorrem uma vez por ano em Kerala, no sul da Índia, tanto com membros Igreja Ortodoxa Siro-Malancar como com representantes da Igreja Siro-Ortodoxa Malancar.

Para Francisco, “estes encontros deram origem a um caminho de diálogo que tem produzido frutos significativos”, nomeadamente ao nível da “partilha de locais de culto”, da “concessão mútua de recursos espirituais e até litúrgicos” e da “identificação de novas formas de colaboração diante de desafios sociais e religiosos”.

São Tomé foi convidado a tocar nas chagas de Cristo crucificado e ressuscitado. E é precisamente esta fé que nos une, mesmo que ainda não partilhemos a mesa eucarística, e é esta mesma fé que nos desafia a continuar e a intensificar o esforço ecuménico, rumo à plena comunhão”, salientou.

A Igreja Ortodoxa Siro-Malankar, radicada na Índia, conta actualmente com cerca de 2 milhões e meio de fiéis, 33 bispos e mais de 1700 sacerdotes distribuídos por 30 dioceses.

O encontro entre o Papa e Moran Baselios Marthoma Paulose II inseriu-se numa visita que o líder siro-malancar está a realizar às suas comunidades espalhadas pela Europa.

AVISOS

HORÁRIOS DAS MISSAS
Terça-feira, dia 10 de Setembro, às 19:00 – 30º Dia Ana Isménia Correia Alves
Sábado, dia 14 de Setembro, às 17:00
Domingo, dia 15 de Setembro, às 9:15

ATENDIMENTO
Terça-feira das 17:00 às 18:30

AVISO
Na próxima Terça-feira, dia 10 de Setembro, há reunião para o Conselho Paroquial de Pastoral.
É fundamental a presença de todos os movimentos paroquiais, para planificação do próximo ano pastoral.