Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

domingo, 19 de janeiro de 2014

ESTARÁ CRISTO DIVIDIDO?

É o lema da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos que decorre de 18 a 25 de Janeiro de 2014, retirado da 1ª Carta aos Coríntios (1 Cor 1, 1-17):


Paulo, chamado por vontade de Deus a ser apóstolo de Cristo Jesus, e Sóstenes, nosso irmão, à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados a ser santos, com todos os que em qualquer lugar invocam o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso: graça e paz vos sejam dadas da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.

Dou incessantemente graças ao meu Deus por vós, pela graça de Deus que vos foi concedida em Cristo Jesus. Pois nele é que fostes enriquecidos com todos os dons, tanto da palavra como do conhecimento. Assim, foi confirmado em vós o testemunho de Cristo, de modo que não vos falta graça alguma, a vós que esperais a manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo.
É Ele também que vos confirmará até ao fim, para que sejais encontrados irrepreensíveis no Dia de Nosso Senhor Jesus Cristo. Fiel é Deus, por quem fostes chamados à comunhão com seu Filho, Jesus Cristo Nosso Senhor.

Peço-vos, irmãos, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, que estejais todos de acordo e que não haja divisões entre vós; permanecei unidos num mesmo espírito e num mesmo pensamento. Pois, meus irmãos, fui informado pelos da casa de Cloé, que há discórdias entre vós.
Refiro-me ao facto de cada um dizer: «Eu sou de Paulo», ou «Eu sou de Apolo», ou «Eu sou de Cefas», ou «Eu sou de Cristo». Estará Cristo dividido? Porventura Paulo foi crucificado por vós? Ou fostes baptizados em nome de Paulo?
Dou graças a Deus por não ter baptizado nenhum de vós, a não ser Crispo e Gaio, para que ninguém diga que fostes baptizados em meu nome. Baptizei também a família de Estéfanes, mas, além destes, não sei se baptizei mais alguém.

Na verdade, Cristo não me enviou a baptizar, mas a pregar o Evangelho, e sem recorrer à sabedoria da linguagem, para não esvaziar da sua eficácia a cruz de Cristo.

ESTARÁ CRISTO DIVIDIDO?



Face a esta pergunta, pensa-se imediatamente na trágica situação da cristandade dividida, porque a ruptura da Igreja ainda existente deve ser entendida como divisão do que por natureza é indivisível, ou seja, a unidade do Corpo de Cristo.
Foi precisamente este doloroso problema que animou a redacção do decreto do concílio Vaticano II sobre o ecumenismo, Unitatis Redintegratio, de cuja promulgação se celebra este ano o cinquentenário.

O ecumenismo é o conjunto de iniciativas e actividades tendentes a favorecer o regresso à unidade dos cristãos, quebrada no passado por cismas e rupturas.

As principais divisões entre as Igrejas cristãs ocorreram:
  • No século V, depois dos Concílios de Éfeso e de Calcedónia (Igreja copta, do Egito, entre outras);
  • No século XI com a cisão entre o Ocidente e o Oriente (Igrejas Ortodoxas);
  • No século XVI, com a Reforma Protestante e, posteriormente, a separação da Igreja de Inglaterra (Anglicana).
A comunidade católica integra hoje perto de 1200 milhões de fiéis; a segunda Igreja mais representativa, a ortodoxa, atinge os 250 milhões.

Luteranos (75 milhões), calvinistas/presbiterianos (80 milhões) e anglicanos (77 milhões) são as principais comunidades das chamadas ‘Igrejas tradicionais’ provenientes da Reforma, a que se juntam 60 milhões que se encontram ligadas ao metodismo.


Estas datas, 18 a 25 de Janeiro, foram propostas em 1908 pelo norte-americano Paul Watson, presbítero anglicano que mais tarde se converteu ao catolicismo, para cobrir o período das festas de São Pedro e São Paulo.
No hemisfério Sul, porque Janeiro é tempo de férias, as Igrejas escolhem outro período para celebrar a Semana de Oração.

No próximo dia 25, o Papa Francisco vai presidir na Basílica de São Paulo fora de muros, em Roma, a um momento de oração para o qual estão convidados representantes de todas as Igrejas e comunidades cristãs da capital italiana.

Também no dia 25 de Janeiro, em Lisboa, na Catedral da Igreja Lusitana de S. Paulo, será realizada a Celebração Nacional pela Unidade dos Cristãos.
Nela será assinada, por responsáveis das Igrejas Cristãs [Católica, Lusitana, Presbiteriana, Metodista e Ortodoxa (Patriarcado Ecuménico de Constantinopla)], um documento para reconhecimento mútuo do Sacramento do Baptismo.


Fontes: Ecclesia, Diocese do Porto, Comissão Ecuménica do Porto, Santa Sé

Pode consultar textos complementares em:

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