Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

POR UM HUMANISMO DO TRABALHO






O Papa Francisco denuncia o drama do desemprego juvenil e pede que se combata a ilegalidade que leva à corrupção
   
   
«Formar, educar para um novo humanismo do trabalho onde o homem, e não o lucro, esteja no centro; onde a economia sirva o homem e não se sirva do homem», foram os votos do Papa Francisco ao receber na manhã do passado Sábado dirigentes e membros do Movimento Cristão de Trabalhadores.

No seu discurso, o Papa inspirou-se na constatação de que vivemos «num tempo de exploração dos trabalhadores» — em que «o trabalho não está ao serviço da dignidade da pessoa, mas é trabalho escravo» — e sugeriu uma reflexão subdividida em três termos: educação, partilha e testemunho.

Em relação à educação, explicou que não se trata só de «ensinar técnicas ou noções, mas de tornar mais humanos o homem e a realidade que nos circunda», e portanto «é preciso formar para um novo humanismo do trabalho».
Além disso, a educação ajuda «a não ceder aos enganos de quantos querem fazer crer que o esforço diário e o estudo não têm valor».
Então, é urgente «educar a percorrer o caminho da honestidade, evitando os atalhos dos favoritismos e dos proteccionismos», por detrás dos quais se esconde «a corrupção. Trata-se — esclareceu — de formas de “comércio moral”» que «devem ser rejeitadas. Caso contrário, geram uma mentalidade falsa e nociva: a da ilegalidade, que leva à corrupção».
De resto, acrescentou com uma imagem evocativa, «a ilegalidade é como um polvo que está escondido mas com os seus tentáculos agarra e envenena, poluindo».

Quanto à partilha, o Santo Padre recordou que o trabalho oferece «a oportunidade de entrar em relação com os outros». Por conseguinte, «deveria unir as pessoas, não afastá-las».

Sobre o testemunho, observou que hoje existem «pessoas que gostariam de trabalhar, mas não conseguem».
Em especial, são os «jovens que não trabalham».
Eles «realmente são “os novos excluídos do nosso tempo”», também porque, constatou, «o jovem que não trabalha» acaba «nas dependências, nas doenças psicológicas, no suicídio».

Eis, então, o novo apelo do Papa Francisco a favor do «acesso ao trabalho por parte de todos. Diante de pessoas em necessidade e de situações difíceis — penso também nos jovens para os quais casar ou ter filhos é um problema, porque não têm um emprego suficientemente estável, nem uma casa — não adianta fazer pregações».
Pelo contrário, concluiu, «é preciso transmitir a esperança, confortar com a presença e sustentar com a ajuda concreta».


Fonte: L'Osservatore Romano


Sem comentários:

Enviar um comentário