Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

O JUBILEU PARA SER VERDADEIRO DEVE CHEGAR AO BOLSO

Na catequese de hoje o Santo Padre desejou um bom caminho quaresmal e reflectiu sobre a instituição do Jubileu como “perdão geral” para ajudar o povo a viver uma fraternidade concreta
   
   
Os valores não são exactos, mas 80% das riquezas da humanidade estão nas mãos de menos de 20% das pessoas.
É um jubileu – e digo isso recordando a nossa história de salvação – para converter, para que o nosso coração se torne maior, mais generoso, mais filho de Deus, com mais amor.
Mas digo-lhes uma coisa: se o jubileu não chegar ao bolso, não é um verdadeiro jubileu, entenderam?
E isso está na Bíblia, não é este Papa que inventa: está na Bíblia.”


O resumo da catequese do Papa Francisco:


A instituição do Jubileu acontecia de 50 em 50 anos como um momento culminante da vida religiosa e social do povo de Israel.
Se uma pessoa tivesse sido obrigada a vender a sua terra ou a sua casa, no Jubileu recuperava a posse delas, e se alguém contraíra dívidas que não pôde saldar e fora reduzido à escravidão pondo-se ao serviço do credor, no Jubileu podia voltar livre para a sua família e reaver todas as suas propriedades.

Era uma espécie de «perdão geral», que permitia a cada pessoa voltar à sua situação original.
Quem empobrecera voltava a ter o necessário para viver e quem enriquecera restituía ao pobre o que lhe apanhara.

O objectivo era criar uma sociedade assente na igualdade e na solidariedade, onde a liberdade, a terra e o dinheiro voltassem a ser um bem para todos e não só para alguns.

O Jubileu tinha por função ajudar o povo a viver uma fraternidade concreta, feita de mútua ajuda.
Podemos dizer que o jubileu bíblico era um «jubileu de misericórdia».

A mensagem bíblica é muito clara: abrir-se com coragem à partilha entre compatriotas, entre famílias, entre povos, entre continentes.
Contribuir para realizar uma terra sem pobres quer dizer construir sociedades sem discriminações, assentes na solidariedade que leva a partilhar aquilo que se possui numa divisão dos recursos fundada na fraternidade e na justiça.



Fontes: Santa Sé; Rádio Vaticano

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