Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

NENHUM OBSTÁCULO À MISERICÓRDIA





Na catequese de hoje o Papa Francisco recorda que Jesus não veio para punir os pecadores mas para convidá-los à conversão
   
   
É a misericórdia que salva”.
Inspirado nesta afirmação do Evangelho segundo S. Mateus (11, 2-6), o Papa Francisco citou a dúvida da “noite escura no coração” de João Baptista, que não entendia o “estilo muito diferente” de agir de Cristo, Ele que era e é – “o instrumento concreto da misericórdia do Pai”.

A justiça que João Baptista colocava no centro da sua pregação, manifesta-se em Jesus, em primeiro lugar, como misericórdia.
Esta passa a ser a síntese do agir de Jesus, que desta maneira torna visível e tangível o agir do próprio Deus.”

Deus não mandou o seu Filho ao mundo para punir os pecadores nem tampouco para destruir os maus.
Aos maus é feito o convite à conversão para que, vendo os sinais da bondade divina, possam reencontrar a estrada do retorno”.

Continuando a citar o Evangelho de Mateus, no trecho em que Jesus diz “bem-aventurado aquele que não vê em mim motivo de escândalo”, o Papa explicou que o “escândalo significa obstáculo”.
E destacou os seguintes obstáculos:

  • Alguns desenvolvem uma fé que reduz Deus ao espaço limitado dos próprios desejos e das próprias convicções.
    Mas esta fé não é conversão ao Senhor que se revela, ao contrário, impede ao Senhor de provocar a nossa vida e a nossa consciência”.
  • Outros reduzem Deus a um falso ídolo; usam o seu santo nome para justificar os próprios interesses ou até mesmo o ódio e a violência”.
  • Para outros, Deus é somente um refúgio psicológico no qual estar seguro nos momentos difíceis: trata-se de uma fé envolta em si mesma, impermeável à força do amor misericordioso de Jesus que conduz em direcção aos irmãos”.
  • Outros ainda consideram Cristo somente como um bom mestre de ensinamentos éticos, um entre tantos outros na história”.
  • Finalmente, há quem reduz a fé à uma relação puramente intimista com Jesus, anulando assim o seu impulso missionário, capaz de transformar o mundo e a história”.
Nós cristãos acreditamos no Deus de Jesus Cristo, e o seu desejo é o de fazer crescer na experiência viva do seu mistério de amor”.

Comprometamo-nos em não colocar nenhum obstáculo ao agir misericordioso do Pai, e peçamos o dom de uma fé grande, para que também nós sejamos sinais e instrumentos de misericórdia”.


Fontes: Santa Sé; Rádio Vaticano


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