Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

O CRISTÃO É UM MISSIONÁRIO DE ESPERANÇA



Não é um profeta de desgraças que age como se tudo tivesse terminado no calvário ou na sepultura
   
   
O essencial do seu anúncio - com os factos e o testemunho de vida - é Jesus, que depois de morto, ressuscitou na manhã de Páscoa.
E "quem teve a graça de abraçar a ressurreição de Jesus, pode ainda esperar no inesperado".

O Papa Francisco, partindo do tema da esperança que constitui o tema da catequese deste ano, concentrou a sua reflexão catequética sobre os “missionários da esperança hoje”, ressaltando que o fazia com alegria no início deste mês que a Igreja dedica “em particular à missão”, e também no dia da Festa de São Francisco de Assis, “um grande missionário de esperança”.

A tarefa dos cristãos neste mundo é a de abrir espaços de salvação, como células de regeneração capazes de restituir a seiva vital àquilo que parecia perdido para sempre.
Quando o céu se apresenta todo nublado, é uma bênção à pessoa que sabe falar do sol.
Por isso, o verdadeiro cristão não é assim, lamuriento nem mal-humorado, mas convencido, pela força da ressurreição, de que nenhum mal é infinito, nenhuma noite é sem fim, nenhum homem é definitivamente errado, nenhum ódio é invencível diante do amor”.

Pensemos nos tantos cristãos que não abandonaram o seu povo, quando chegou o tempo da perseguição.
Ficaram ali, onde havia incerteza sobre o amanhã, onde não se podia fazer projectos de nenhum tipo; ficaram esperando simplesmente em Deus.
E pensemos em nossos irmãos, em nossas irmãs do Médio Oriente que dão testemunho de esperança e também oferecem a vida por este testemunho.
Estes são os verdadeiros cristãos!
Eles trazem o céu no coração, olham para além.
Quem teve a graça de abraçar a ressurreição de Jesus, pode ainda esperar no inesperado”.

Os mártires de todos os tempos, com a sua fidelidade a Cristo – observa o Papa – confirmam que “a injustiça não é a última palavra na vida. Em Cristo ressuscitado, podemos continuar sempre a esperar”:

Os homens e as mulheres que têm um “porque” viver, resistem mais do que os outros nos tempos de infortúnio.
Mas quem tem Cristo ao seu lado, realmente não teme nada.
É por isso que os cristãos, os verdadeiros cristãos, nunca são homens fáceis e acomodados.
A sua brandura não deve ser confundida com um sentimento de insegurança e de submissão (…).
Caídos, reerguem-se sempre”.

Este é o motivo, concluiu dizendo o Papa, a razão porque o cristão é um missionário de esperança.

Não por mérito seu, mas graças a Jesus, o grão de trigo que, caído em terra, morreu e deu muito fruto”.


Resumo, divulgado pela Santa Sé, da catequese do Santo Padre:


O cristão é um missionário de esperança; e não por mérito próprio mas graças a Jesus, grão de trigo que, caído em terra, morreu para dar muito fruto.
Não é um arauto ou um profeta de desgraças, como se tudo tivesse terminado no calvário ou na sepultura.
O essencial do seu anúncio é Jesus, que Se entregou à morte pelos nossos pecados e que Deus ressuscitou na manhã de Páscoa.
Os discípulos ficaram abatidos depois da sua crucifixão e sepultura; aquela pedra, rolada contra a entrada do sepulcro, pusera termo a três anos de vida esperançosa e entusiasmante na companhia do Mestre vindo de Nazaré; parecia o fim de tudo, e alguns começavam já a deixar Jerusalém para regressar a casa.
Mas Jesus ressuscitou.

Este facto inesperado transformou a mente e o coração dos discípulos, uma transformação que ficará completa quando receberem a força do Espírito Santo no dia de Pentecostes.
Desde então, há um «extra» que habita a existência cristã, inexplicável pela simples força de vontade ou por um cego optimismo; até parece que os crentes têm, por cima das suas cabeças, «um bocado de céu» a mais, que o mundo nem sequer consegue intuir.
Assim a tarefa dos cristãos neste mundo é abrir espaços de salvação, como se fossem células de regeneração capazes de voltar a fazer correr seiva vital onde tudo parecia morto e perdido para sempre.
Quando o céu se apresenta todo nebuloso, é vista como uma bênção a pessoa que sabe falar do sol.

Por isso o verdadeiro cristão não é lamuriento nem mal-humorado, mas sempre irradia esperança com o seu modo de acolher, sorrir e amar.
A força da ressurreição irrompeu nele, convencendo-o de que nenhum mal é infinito, nenhuma noite é sem fim, nenhum homem é caso definitivamente perdido, nenhum ódio é invencível pelo amor.



Fontes: Santa Sé; Rádio Vaticano


Sem comentários:

Enviar um comentário